O ÚLTIMO TOQUE PARA UM GUERREIRO

O adeus ao professor Manoel Maciel foi emoção através do toque que era ele.
As fanfarras Fanfagito (vindo da Avenida Castelo Branco) e a Fanfarra Municipal (vindo da Avenida Bernardo Sayão) encontraram-se em frente a casa onde estava sendo velado o corpo para prestar a última homenagem, acompanhados dos colegas de trabalho da Escola Estadual Amâncio de Moraes e muitos amigos que lá estavam.
Muitas pessoas acompanharam ao lado da família, que agradeceu emocionada o carinho e apoio recebido.
O professor e instrutor de fanfarra Raul Batista e a professora Kênia Kelsia, juntamente com os integrantes das duas fanfarras, fizeram uma emocionante apresentação para validar a importância desse colega tão especial para todos. Depois, acompanharam o cortejo fúnebre até a esquina do Centro de Ensino Médio José Alves de Assis, onde as fanfarras tocaram dando o último toque em homenagem ao professor Manoel Maciel.
O irmão de Manoel, João Maciel, que trabalha como instrutor de fanfarra na cidade de Pium, emocionado, em frente ao CEM, comandou os últimos acordes da homenagem.
Manoel Maciel, aos 56 anos, depois de quase seis anos lutando contra uma doença degenerativa, perdeu a batalha, mas nem por isso deixou de ser o guerreiro merecedor de todos os aplausos...
Durante mais de trinta anos, dedicou-se à educação e de modo especial, vestiu a camisa da Escola Estadual Amâncio de Moraes, onde foi instrutor de fanfarra, criando a Fanfagito. Também trabalhou com treinamento de várias modalidades esportivas e durante muitos anos, organizou e ensaiou quadrilhas juninas, que viajaram para apresentações em muitas cidades.
A Escola Estadual Amâncio de Moraes, no último dia 23 de outubro, no desfile comemorativo do aniversário de Paraíso do Tocantins, revitalizou a Fanfagito e homenageou o professor Manoel Maciel. A Escola também já prestou homenagens ao colega, dando o seu nome para a quadra da Escola e para o Grêmio Estudantil.
Manoel Maciel era conhecido por todos na cidade por não deixar passar nenhum dia 7 de setembro sem sair com sua fanfarra, mesmo quando nenhuma outra escola o fazia. Era comum as pessoas acordarem nesse dia com o toque da Fanfagito passando pelas ruas da cidade.
Ele sempre dizia que o patriotismo não poderia morrer nunca e que, enquanto pudesse, estaria com seus alunos nas ruas para lembrar a importância dessa data.
Hoje, despedimos desse guerreiro, mas, com certeza, seu legado será sempre lembrado com muito orgulho e carinho...